Enviei uma carta aberta para o Ministro da Saúde, Doutor Manuel Pizarro, com um apelo ao rastreio do cancro do pulmão, também disponível aqui para download:
Carta aberta – Rastreio Cancro do Pulmão
Vou explicar um pouco mais o motivo que me levou a escrever esta carta…
Há muito pouca informação sobre o cancro do pulmão, geralmente nem se fala, o mais popular é de longe o cancro da mama. Há muito pouca consciencialização do cancro do pulmão.
Aproximadamente 85% dos casos de cancro de pulmão são de fumadores, os outros 15% são de pessoas que nunca fumaram como é o meu caso. Infelizmente também pode aparecer em qualquer idade, apesar da média ser depois dos 70 anos há casos de cancro do pulmão em crianças com menos de 10 anos. Estes 15% de casos raramente são falados e há o estigma na sociedade de associar o cancro do pulmão apenas a fumadores.
Outro ponto que raramente se conhece é que o cancro do pulmão é o cancro mais letal do mundo, habitualmente as pessoas acham que o mais letal é o do pâncreas. O cancro do Pulmão é mais letal do que a combinação do cancro da mama, próstata e colon. (os três juntos).
Porquê é que o cancro do pulmão é tão letal? Há muitos fatores e eu não sou especialista, mas posso afirmar que uma das principais causas é porque na maioria dos casos apenas é diagnosticado em estádios avançados, onde a doença já avançou e se metastizou por outros órgãos do corpo. A razão para ser apenas diagnosticado em situações avançadas é porque na maioria dos casos não há sintomas.
Um diagnóstico prematuro aumenta exponencialmente as hipóteses de tratamento e sobrevivência. Estatisticamente os números são de 65% num diagnóstico prematuro, contra 6% em diagnóstico num estádio mais avançado.
Os rastreios podem salvar vidas, tal como já o acontece para outros tipos de cancro onde o rastreio já é feito, dai o meu apelo ao inicio de um plano de rastreios o mais rápido possível.
Espero ter conseguido passar a mensagem e mostrado a importância do rastreio do cancro do pulmão e que de facto se consiga fazer alguma coisa em relação a isso.
Enquanto estivermos de braços cruzados, a cada dia que passa, a doença avança silenciosamente, podemos ser nós, ou alguém muito próximo.
Obrigado
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