Fui à ESMO e conheci o CEO da J&J

Olá,

Este ano estive na ESMO em Barcelona, a grande conferência de oncologia da Europa. Para além das atualizações que houve em relação a tratamentos oncológicos, nas centenas de palestras que houve, conheci também o CEO da Johnson & Johnson, Joaquin Duato.

Tive o privilégio de estar reunido com ele onde pude agradecer pessoalmente o trabalho de toda a equipa.
A verdade é que apesar de qualquer tratamento oncológico não ser a coisa mais agradável do mundo, é graças a ao trabalho destas pessoas que muitos pacientes estão vivos e a criar recordações junto de quem mais gostam.

Por isso KUDOS para todas as equipas que nos proporcionam tratamentos e nos permitem contrariar o destino!!  Obrigado!! ❤️

Falando agora da ESMO e novos medicamentos..

Relativamente a novidades em relação a novos tratamentos anunciados na ESMO, infelizmente não existem quantas opções quanto gostaria… os novos tratamentos são escassos e temos de aproveitar o máximo dos existentes.

NOTA importante: Para quem não sabe e é leigo na na matéria, pode-se dizer que os tratamentos oncológicos (terapias alvo, imunoterapias, quimioterapias, etc) apenas funcionam temporariamente, durem eles alguns meses ou até anos.
A famosa “resistência” ao tratamento e a progressão da doença é quase inevitável a dada altura. Tirando as exceções das pessoas que entram em remissão (o cancro desaparece) é na maioria dos casos necessário outro tratamento novo! Daí a importância de existirem novos tratamentos.

Agora vou entrar em modo de desabafo… sabemos que existem vários medicamentos novos em ensaio clínico, vários e muitos deles já há alguns anos em testes.
Os dados destes ensaios clínicos vão sendo divulgados anualmente, mas infelizmente as entidades reguladoras internacionais exigem que estes medicamentos para doentes oncológicos na maioria dos casos em estádio IV, sejam exaustivamente testados durante vários anos, levando na maioria dos casos mais de uma década até chegarem ao mercado e poderem finalmente começar a salvar vidas. (as que restam).
Além dos ensaios clínicos que tipicamente nunca são menos de 7 anos, depois há um enorme novelo de burocracias para os tratamentos serem legalizados.

Contrariamente ao que disse, recordo-vos agora que as vacinas para o Covid19 foram desenvolvidas em menos de 1 ano e foram administradas 13 biliões de doses até agora. Graças a várias acelerações que levou no processo de desenvolvimentos e testes. Caramba, não seria bom rever todo o processo de aprovações também para os tratamentos oncológicos? Morrem cerca de 10 milhões de pessoas todos os anos… deixa lá puxar a brasa para a minha sardinha 🙂.

Obrigado